Neymar e Messi
pela primeira vez se decepcionou. O argentino e o brasileiro estiveram
juntos em campo por apenas 16 minutos no segundo tempo na vitória do Barcelona
sobre o Santos por 8 a 0, pelo Torneio Joan Gamper, no Camp Nou, nesta
sexta-feira. Ainda se conhecendo melhor, os dois mostraram timidez no
primeiro encontro, trocaram poucos passes e não chegaram a criar perigo.
Quem estava ansioso para ver a dupla
O primeiro contato entre a dupla foi antes da partida, na apresentação
dos jogadores à torcida. Messi foi um dos últimos atletas anunciados, e
Neymar veio logo em seguida. O brasileiro ficou ao lado do argentino,
conversou rapidamente e trocou sorrisos com o camisa 10.
Em campo, porém, para decepção da torcida, Neymar começou a partida no
banco. Como o brasileiro é recém-chegado ao Barça e treinou pouco com o
elenco, o técnico Tata Martino, outro estreante, preferiu manter a
equipe da última temporada, com o ataque sendo formado por Pedro, Alexis
Sánchez e Messi.
O camisa 10, aliás, não mudou suas características.
Atuando centralizado, no comando do ataque, ele se movimentou bastante,
sempre trocando passes em velocidade com os companheiros. A passividade
do Santos na marcação também colaborou para que o argentino se sentisse
confortável. Foi dele o primeiro gol catalão, aproveitando falha da
zaga do Peixe.Na segunda etapa, aconteceu o que todos esperavam. Neymar
entrou no intervalo, no lugar de Pedro, e logo assumiu o lado esquerdo
do ataque. Messi permanecia centralizado, no comando das ações. Foi do
argentino a primeira tentativa de tabela entre os dois, logo no primeiro
minuto, mas o passe não foi bom.Aos três minutos, a parceria começou de
fato. Caindo pela esquerda, Messi tocou para Neymar, que devolveu mais à
frente para o companheiro, que tentou o cruzamento para a área, mas
errou. Logo depois, os dois se abraçaram na comemoração de um gol que
não teve a participação deles: era o primeiro de Fàbregas, o quinto do
Barcelona.
Como uma dupla que acabou de se conhecer e ainda não sabe o que esperar
um do outro, Neymar e Messi pareciam sem muita ideia do que fazer. Era
um misto de timidez e boa vontade, com ambos buscando o entendimento,
mas ainda pouco cientes dos movimentos do parceiro.
Aos 12 minutos, por exemplo, Neymar desarmou Cicinho pela esquerda,
avançou e, na hora de cruzar, deu um passe rasteiro para Messi, mas a
bola saiu fraca, e a zaga afastou. Aos 16, Tata Martino decidiu encerrar
o primeiro contato entre seus craques. Tirou o camisa 10, que deu lugar
ao jovem camaronês Dongou.
Não que a saída de Messi tenha sido fator preponderante, mas, aos
poucos, Neymar se mostrou mais confortável. Ele seguiu na ponta
esquerda, mas participou mais do jogo e até deu a assistência para o gol
de Fàbregas, o sexto do Barça, em belo passe dentro da área. No fim,
ainda acertou um chute na trave, mas deixou o campo sem balançar as
redes. Por outro lado, realizou mais um sonho: jogar com o ídolo
argentino. Falta, agora, refinar a parceria. Nada que mais minutos
juntos não resolvam.
0 comentários:
Postar um comentário